Professores da Ufersa decidem também entrar em greve e se juntam a servidores da UF e IF

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Foto: ADUFERSA / REPRODUÇÃO

Professores da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) decidiram nesta terça-feira 4 entrar em greve por tempo indeterminado. A decisão aconteceu em assembleia do Adufersa, sindicato da categoria, com 195 favoráveis à paralisação e 94 contrários, com sete abstenções.

Segundo o presidente do Adufersa, Thiago Arruda, a paralisação vai começar no dia 10 de junho (próxima segunda-feira). Ele enfatizou a “participação muito expressiva” dos professores na decisão sobre a greve. A assembleia aconteceu simultaneamente nos quatro campi da Ufersa: em Mossoró, Angicos, Caraúbas e Pau dos Ferros

Na Ufersa, servidores técnicos-administrativos já estava em greve desde 11 de março e agora recebem a adesão dos professores.

Com isso, sobe para 3 o número de instituições federais de ensino no Rio Grande do Norte que estão com professores em greve.

As outras duas são a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com paralisação iniciada em 22 de abril, e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), com greve iniciada em 3 de abril. No caso de IFRN e UFRN, os servidores técnicos também estão com atividades paralisadas.

Veja abaixo quando começou cada greve:

Técnicos-administrativos da Ufersa: 11 de março;
Técnico-administrativos da UFRN: 14 de março;
Professores e técnicos-administrativos do IFRN: 3 de abril;
Professores da UFRN: 22 de abril;
Professores da Ufersa: 10 de junho.
Lula convoca reunião com reitores de universidades
O presidente Lula (PT) convocou uma reunião com reitores de universidades e institutos federais para tentar dar fim à greve dos professores. O encontro deve ocorrer na segunda-feira 10, em Brasília.
A pauta será o orçamento das instituições, que relatam problemas financeiros. Lula deve também pressionar pelo fim da paralisação dos docentes por reajuste salarial.

A greve nas instituições já passa de dois meses, em alguns casos. A categoria, representada pelo Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), pede aumento salarial de 7,06% ainda em 2024, de 9% em janeiro de 2025 e de 5,16% em 2026.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos oferece, contudo, reajuste de 9% só em janeiro de 2025, e de 3,5% em maio de 2026. A pasta já disse não haver possibilidade de aumentar a proposta.

A convocação para a reunião ocorre após uma semana turbulenta para Brasília. Em 22 de maio, o governo assinou um acordo com o Proifes (Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico), uma das entidades que representam os professores federais, visando encerrar a greve.

Mas na quarta-feira 29 a Justiça Federal anulou o acordo, após ação movida pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe, um braço do Andes.

Nesta segunda 3 houve um encontro entre representantes do Andes e do governo, que reiterou a impossibilidade de aumentar o reajuste. Descontentes, os sindicalistas exigiram mais negociação.

Agora RN

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