Covid-19: Moderna inclui crianças a partir de 6 meses de idade em seu estudo sobre a vacina

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A Moderna vai dobrar o tamanho do seu estudo pediátrico de segurança e eficácia da vacina contra a Covid-19 e passará a incluir crianças a partir de seis meses. Até então, a empresa tinha autorização para testar o imunizante apenas em adolescentes a partir dos 12 anos.

O laboratório ampliou o número de participantes para 13.275, quase o dobro da meta anterior de 6.975 voluntários, segundo detalhes atualizados no site de registro de ensaios clínicos clinictrials.gov. A mudança ocoorreu após uma solicitação dos reguladores dos EUA para coletar dados de segurança adicionais.

Um surto de infecções por Covid-19 entre crianças causado pela variante Delta tem gerado preocupações crescentes à medida que a retomada das aulas se aproxima.

Em julho, a Moderna disse que estava em discussões com a Food and Drug Administration (FDA, órgão americano equivalente à Anvisa no Brasil) para expandir o estudo com o objetivo de inscrever um banco de dados de segurança maior, o que aumenta a probabilidade de detecção de eventos mais raros.

A vacina da Moderna está autorizada nos EUA para uso em pessoas com 18 anos ou mais. A empresa buscou autorização para seu regime de duas doses em jovens de 12 a 17 anos em junho, mas o FDA ainda não o liberou para uso neste grupo.

Enquanto isso, a vacina da Pfizer-BioNTech foi autorizada para uso em pessoas com 12 anos ou mais desde maio. A distribuição de vacinas para adolescentes está lenta, com menos da metade dos jovens de 12 a 17 anos tendo recebido pelo menos uma injeção.

A Pfizer e a BioNTech serão as primeira a relatar o desempenho de sua vacina de mRNA na população com menos de 12 anos, com os dados iniciais chegando em setembro. A Pfizer já tinha recebido autorização para testar sua vacina em crianças a partir de 6 meses. O laboratório, no entanto, fará o teste com doses menores: de 10 microgramas em crianças entre 5 e 11 anos de idade e 3 microgramas para a faixa etária de 6 meses a 5 anos.

A vacina da Moderna não está sendo aplicada no Brasil, mas a Pfizer, sim.

O Globo, com agências internacionais

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