Butantan encaminha proposta para fornecimento de doses da Coronavac ao governo federal
Foto: JN
O Instituto Butantan enviou nessa quarta-feira (16) uma proposta para fornecimento de doses da vacina Coronavac para o Ministério de Saúde a partir de janeiro de 2021. Segundo o instituto, caso a pasta federal decida adquirir a vacina contra a Covid-19, esse processo ocorrerá “tão logo seja definida a situação de registro da vacina pela Anvisa”.
Ainda de acordo com o Butantan, enquanto aguarda “a efetiva incorporação [da Coronavac] ao Programa Nacional de Imunizações (PNI)”, o instituto “seguirá importando e produzindo a vacina” em São Paulo.
Segundo o jornalista Gerson Camarotti, o governador João Doria (PSDB) participou de uma reunião com um assessor especial do Ministério da Saúde, Eduardo Cascavel, que esteve em São Paulo na segunda-feira (14) e que confirmou que o ministério vai comprar a Coronavac e incluí-la no plano nacional.
Plano nacional de vacinação contra a Covid-19: ponto a ponto
Em entrevista à TV Globo, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, afirma que o plano de iniciar a vacinação em janeiro no estado de São Paulo está mantido. De acordo com o secretário, a Coronavac pode ser incorporada ao Plano Nacional de Imunização mesmo com a vacinação já iniciada no estado.
O Butantan, que é ligado ao governo estadual, tem um acordo de compra de doses prontas e posterior fabricação da vacina chinesa Coronavac com o laboratório chinês Sinovac, que mantém parceria com o instituto para o desenvolvimento da droga no país.
Em 20 de outubro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chegou a anunciar a intenção de compra da vacina desenvolvida pelo laboratório chinês e o Butantan durante uma reunião com governadores. No entanto, o ministro foi desautorizado publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no dia seguinte.
Registro da Coronavac
O governo de São Paulo mudou a estratégia para conseguir aprovação da CoronaVac e adiou para o dia 23 de dezembro o envio do resultado dos testes da vacina no Brasil à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A previsão inicial era de que os documentos fossem enviados até esta terça-feira (15).
Segundo o governador João Doria (PSDB), o Instituto pretende enviar os dados completos para solicitar o registro definitivo da vacina.
Ainda de acordo com o governo, o pedido na Anvisa deve ser feito simultaneamente à apresentação do estudo conclusivo.
A solicitação será levada também à NMPA (National Medical Products Administration), instituição chinesa responsável pela regulação de medicamentos.
Por GloboNews, TV Globo e G1 SP
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