Adoções até julho crescem quase 40% no Rio Grande do Norte

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Dia Nacional da Adoção: mais de cem crianças e adolescentes aguardam por  uma família no DF | Distrito Federal | G1
Foto: Getty Images
 
A quantidade de adoções de crianças a adolescentes de janeiro a julho deste ano cresceram 38,46% em relação ao mesmo período de 2020. Os dados são da Coordenadoria da Infância e Juventude do Poder Judiciário do Rio Grande do Norte (CEIJ/RN), baseados no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), que indicam que nestes sete meses de 2021, foram concluídas 18 adoções no estado, média de 2,57 a cada 30 dias.
 
Campanhas contínuas para sensibilizar a sociedade são um dos fatores a contribuir para este número maior de adoções. “Este é um trabalho que envolve todos os segmentos sociais (sociedade civil organizada, poder público e outros), com o mesmo objetivo. Além da criação de programas específicos como, por exemplo, o Atitude Legal e outros similares, sem esquecer do olhar mais consciente da sociedade”, explica o juiz coordenador da Infância e Juventude do TJRN, José Dantas de Paiva.
 
Este ano, essas adoções foram concluídas por varas judiciárias das comarcas de Natal, Mossoró, Parnamirim, Caicó, Areia Branca, Goianinha, Nísia Floresta e Santo Antônio. No ano passado, até julho, foram computados 13 processos deste tipo formalizados pela Justiça estadual em unidades das comarcas de Natal, Macau e Currais Novos. A média mensal foi de 1,85 adoção.
 
Os dados apontam a adoção de crianças ou adolescentes com idades entre 7 e 16 anos, anteriormente, um faixa etária que despertava menor interesse de postulantes à adoção. Paulatinamente, essa realidade vem mudando. E apesar deste movimento em direção a essas crianças ainda não há uma realidade consolidada quanto a este item. “Ainda existe um longo caminho a percorrer. Na verdade, todos gostariam de adotar uma criança recém-nascida, no entanto, por falta de bebês novos, optam por crianças com mais de três anos de idade. Muito ainda deve ser feito”, observa José Dantas de Paiva.
 
Em 2020, 38,46% das adoções envolveram crianças de até 1 ano de idade. De 1 até 3 anos, o índice registrado é de 23,08%. Acima dos 3 anos, o percentual é igual ao de crianças de até 1 ano. No ano de 2021, as porcentagens são de 44,44%, 11,12% e 44,44%, respectivamente. Lembrando que o recorte temporal comparativo entre 2020 e 2021 vai até julho.
 
Pandemia
Outro dado relevante havia sido anunciado pela CEIJ/RN em maio, quando foi informado pelo órgão do Poder Judiciário potiguar que de 2019 para 2020, as adoções no estado aumentaram 15%. De 27 para 31 crianças e adolescentes, um dado expressivo porque durante ¾ do ano passado toda a sociedade enfrentou meses marcados pela pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19), período notoriamente marcado por dificuldades de renda para boa parte das famílias, além das restrições recomendadas por instituições científicas ligadas à área da saúde.
 
Por Tribuna do Norte

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