Sobe para 10 número de pessoas que perderam olho em mutirão de cirurgias no interior do RN

Sobe para 10 número de pessoas que perderam olho em mutirão de cirurgias no interior do RN

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Foto: Arquivo TN

Subiu para 10 pessoas o número de pacientes que perderam o globo ocular após participarem de um mutirão de cirurgias de catarata realizado em Parelhas, no interior do Rio Grande do Norte, nos dias 27 e 28 de setembro. A informação foi confirmada à TRIBUNA DO NORTE pelo titular da Secretaria de Saúde do município, Tiago Tibério, no fim da manhã desta quinta-feira (24).

De acordo com o Secretário, o novo paciente que teve o globo ocular retirado é um idoso de 84 anos. A assessoria da Prefeitura confirmou que a cirurgia foi realizada nessa quarta-feira (23), em um hospital de Natal. Não foram repassados detalhes sobre a identidade da vítima.

Conforme já divulgado pela TRIBUNA DO NORTE, a situação dos pacientes foi causada por complicações derivadas da endofmaltite, infecção causada pela bactéria Enterobacter cloacae, comumente encontrada em fezes, e incomum em ambientes hospitalares. Ao todo, 15 pacientes foram infectados no mutirão, sendo oito homens e sete mulheres, com faixa etária que varia de 43 a 80 anos. Destes, 10 já tiveram o globo ocular retirado.

No último dia 17 de outubro, a Prefeitura de Parelhas reuniu-se com pacientes afetados, familiares e um advogado para prestar assistência e esclarecer o andamento das investigações sobre os casos de infecção. No período da tarde do mesmo dia, houve uma reunião com o Ministério Público para relatar os progressos das oitivas e discussões realizadas até o momento. As oitivas serão retomadas, incluindo a participação do enfermeiro Alex Bruno Silva, da clínica Oculare Oftalmologia Avançada, e de alguns pacientes.

De acordo com o MPRN, a infecção foi causada por um instrumento médico ainda não identificado. A promotora de Justiça Ana Jovina de Oliveira Ferreira afirmou que as evidências indicam uma falha na higienização do ambiente cirúrgico, mas as investigações continuam para determinar a origem exata da contaminação e se houve erro humano.

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