Secretaria de Saúde do RN orienta empregados de hotéis e motéis sobre prevenção à varíola dos macacos

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Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Devido ao crescimento de casos da doença varíola dos macacos (Monkeypox) no Brasil, a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte emitiu duas notas técnicas, nesta segunda-feira (1º). Uma delas, orienta profissionais que trabalham em hotéis e motéis do estado sobre as medidas de prevenção à doença.

A outra nota orienta a população como um todo sobre os sintomas e a importância de notificar as autoridades de saúde em caso de suspeita da doença.

“A Vigilância em Saúde está em alerta para o crescimento dos casos em todo o país e no mundo. É importante destacar que o aparecimento de qualquer sintoma característico da doença, a população deve procurar uma unidade básica mais próxima de sua residência e garantir o diagnóstico precoce e oportuno para que não tenhamos surtos da doença no Estado do Rio Grande do Norte”, afirmou Kelly Lima, coordenadora de Vigilância em Saúde da SESAP.

Entre as orientações aos trabalhadores das redes de hotéis e motéis, a Sesap recomendou o uso de equipamentos individuais de proteção e reforço da limpeza dos ambientes. Veja todas as recomendações no fim desta matéria.

No estado, segundo a Sesap, já foram notificados 21 casos suspeitos da varíola dos macacos. Do total, dois foram confirmados, sete descartados, cinco continuam em investigação, três foram considerados sem critérios e quatro seguem como suspeitos. No Brasil, uma morte causada pela doença foi confirmada pelo Ministério da Saúde.

Transmissão

Transmitida de animais para humanos, a Monkeypox (Varíola dos Macacos) é uma zoonose que provoca doença em humanos. De acordo com a Sesap, a transmissão para humanos pode ocorrer através do contato com um animal ou humano infectado, ou com material corporal humano contendo o vírus.

A transmissão entre humanos ocorre principalmente através de grandes gotículas respiratórias. Como as gotículas não podem viajar muito, é necessário um contato pessoal prolongado.

O vírus também pode infectar as pessoas através de fluidos corporais, ou seja, com o contato com a lesão ou contato indireto com o material da lesão.

Sintomas

O período de incubação da varíola dos macacos pode variar de 5 a 21 dias. O estágio febril da doença geralmente dura de 1 a 3 dias com sintomas que incluem febre, dor de cabeça intensa, linfadenopatia (inchaço dos gânglios linfáticos), dor nas costas, mialgia (dor muscular) e astenia intensa (falta de energia).

O estágio febril é seguido pelo estágio de erupção cutânea, com duração de 2 a 4 semanas. As lesões evoluem de máculas (lesões com base plana) para pápulas (lesões dolorosas firmes elevadas).

Notificação

A nota orienta que todos os casos suspeitos de monkeypox no RN, deverão ser notificados de forma imediata, em até 24 horas, preferencialmente no “Formulário de notificação com copia para o CIEVS Estadual, através os canais listados abaixo, por se tratar de uma doença de notificação imediata.

A nota orientativa para empregadores e trabalhadores da rede de hotéis e de motéis com relação às formas de transmissão da Monkeypox, traz as medidas de Vigilância para proteger o trabalhador de possíveis contaminações, como manejo de objetos e reforço dos protocolos de higienização.

Orientações a empresas e profissionais de hotelaria

Identificar os locais e atividades com maiores possibilidades de exposição e transmissão do vírus causador da Monkeypox;

Capacitar os trabalhadores da rede de hotéis e motéis quanto às medidas de prevenção a serem adotadas para mitigação de casos de Monkeypox. Os procedimentos de prevenção adotados deverão ser aplicados também aos fornecedores e prestadores de serviço;

Manusear com cuidado objetos, toalhas, roupas de cama e pessoal utilizados pelos hóspedes, pois podem conter material da lesão da doença;

Evitar sacudir ou manusear a roupa suja de forma que possa dispersar partículas infecciosas;

Acondicionar itens de rouparia sujos e encaminhar para a lavanderia, a qual deverá realizar os cuidados necessários para a adequada higienização. Não há necessidade de descarte de roupas utilizadas por pessoas suspeitas ou confirmadas;

Higienizar/desinfectar os carrinhos ou equipamentos utilizados no transporte da roupa suja, até a lavanderia, após cada uso;

Priorizar entre trabalhadores e hóspedes a utilização de objetos de uso único/descartáveis (como copos, pratos e outros). Caso não seja possível, reforçar a higienização adequada desses utensílios antes da disponibilização para novo uso;

Orientar trabalhadores e hóspedes a não compartilhar pratos, copos, talheres e outros objetos de uso pessoal;

Remover objetos de uso tipicamente compartilhado (como jornais, revistas e livros) de espaços comuns e dos quartos para evitar a contaminação indireta;

Higienizar adequadamente as mãos durante o turno de trabalho com água e sabão ou álcool gel 70% friccionando por pelo menos 20 segundos.

Redobrar os cuidados antes e após utilizar cartões e máquinas de cartões, após carregar malas e bagagens e após a retirada das luvas (quando necessário o uso);

Colocar dispensadores com álcool em gel a 70% nos locais de fácil acesso a todos para que façam uso sempre que necessário;

Utilizar barreira física na recepção (por exemplo, com vidro ou acrílico);

Fornecer gratuitamente os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados para os trabalhadores do serviço de acordo com os riscos a que estão expostos, orientando-os/capacitando-os sobre o uso adequado, guarda e conservação;

Utilizar adequadamente os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) fornecidos gratuitamente pelo empregador.

O trabalhador deve utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina, responsabilizando-se pela guarda e conservação, e comunicando ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio, como por exemplo o uso de luvas rasgadas;

Orientar quanto ao uso de máscaras de proteção individual por todos: hóspedes, funcionários, fornecedores e prestadores de serviços, em especial na entrada dos estabelecimentos, recepção, refeitórios e áreas de grande circulação de pessoas;

Intensificar a frequência de limpeza nos espaços coletivos, como copas, área kids, recepção e áreas de maior circulação de pessoas;

Providenciar cartazes informativos/ilustrativos sobre as medidas preventivas e a transmissão da Monkeypox na recepção, áreas comuns, dentro dos elevadores e em cada quarto;

Reforçar entre os trabalhadores as medidas de prevenção, isolamento e outras precauções padrões, mediante a presença de casos suspeitos, confirmados ou mesmo na ausência de novos casos de Monkeypox no local de trabalho;

Recomendar para os trabalhadores do estacionamento e do serviço de manobrista: Dar preferência ao autosserviço. Ao receber o veículo, realizar a higienização de acessórios internos que possam ser manuseados pelo motorista (produto alcoólico e pano descartável) com uso de luvas ou imediata lavagem das mãos após limpeza; a permanecer de máscara, manter as janelas abertas e não fazer uso do ar condicionado durante o deslocamento do veículo até a vaga, e a realizar a higienização de acessórios internos e externos antes de entregar o veículo para o hóspede;

Manter protocolos/fluxos de identificação precoce dos trabalhadores suspeitos e confirmados com Monkeypox, que contemple as rotinas de atendimento, afastamento e retorno ao trabalho. Além de lista atualizada desses trabalhadores suspeitos e confirmados, com data da confirmação diagnóstica e período de afastamento, monitorando o retorno ao trabalho para evitar a exposição dos demais trabalhadores.

Por g1 RN

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