RN tem 238 mil pessoas em busca de trabalho, diz IBGE
Foto: Mauro Pimentel/AFP/Arquivo
O Rio Grande do Norte tem 238 mil pessoas em busca de trabalho. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (27) em referência ao trimestre entre julho e setembro de 2020.
Com isso, a taxa de desocupados (pessoas que estão desempregadas mas buscam trabalho) no estado potiguar foi de 17,3% neste período. Esse é o maior registro desde o primeiro trimestre de 2017, quando bateu 16,3%.
De acordo com o IBGE, essa taxa cresceu em 2020 se comparada com 2019. No mesmo período do ano anterior, ela era de 13,4%.
Neste ano, a desocupação manteve estabilidade em relação aos outros dois trimestres do ano, que registraram 15,4% (janeiro, fevereiro e março) e 15% (abril, maio e junho).
Foto: IBGE
A estimativa do PNAD, portanto, é de 238 mil potiguares estavam sem trabalho no período da pesquisa e tomaram alguma medida para conseguir emprego no período de 30 dias, como entregar currículo, atender a entrevistas de emprego, inscrever-se em concurso, entre outras atitudes.
Essas pessoas estavam disponíveis para assumir o posto de trabalho naquela semana caso o tivessem encontrado, porém não obtiveram êxito.
Ocupação cai em 2020
A PNAD Contínua trimestral apontou ainda que o nível de ocupação – que representa o percentual de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar (com 14 anos) – foi de 39,5%.
Assim, a pesquisa estima que 1,13 milhão de potiguares estão ocupados. O total de pessoas em idade para trabalhar é de 2,88 milhões.
A pesquisa indica que houve estabilidade em relação ao trimestre anterior: de 39,4%. No entanto, a taxa caiu em comparação ao mesmo período de 2019, quando registrou 46,9%.
OIBGE apontou ainda que a taxa de participação na força de trabalho – que é o total de pessoas ocupadas ou desocupadas em relação à população em idade de trabalhar – foi de 47,8%.
Esse número indicou estabilidade em relação ao trimestre anterior, que registrou 46,3%, porém apresentou queda em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, que era de 54,2%
Posição das pessoas ocupadas
Do total de 1,13 milhão de pessoas ocupadas no RN, o IBGE estima que 47 mil eram empregadores. Dentre eles, 35 mil estavam registrados no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Outros 12 mil atuavam sem cadastro.
Foto: IBGE
É classificada como empregadora a pessoa que trabalhava explorando seu próprio negócio ou empresa, com ou sem sócio, tendo pelo menos um empregado.
A pesquisa estima ainda que 318 mil pessoas são trabalhadores por conta própria. Desses, 57 mil estavam cadastrados no CNPJ e o restante, 261 mil trabalhadores, atuava sem cadastro. Trabalhador por conta própria é aquele que explora seu próprio negócio ou empresa sem empregados.
Já os empregados do setor privado (exceto trabalhadores domésticos) representam 475 mil. Destes, 341 mil tinham carteira de trabalho assinada. Já 134 mil atuavam sem carteira.
Na categoria de empregados do setor privado estão as pessoas que trabalham para um empregador do setor privado recebendo remuneração em dinheiro, mercadorias, produtos ou benefícios.
Os trabalhadores domésticos são 66 mil pessoas no estado, segundo a pesquisa. Desses, 17 mil tinham carteira de trabalho assinada e outros 49 mil prestavam serviço doméstico sem registro em carteira.
Já os trabalhadores familiares em auxílio a parentes ou moradores do mesmo domicílio são 18 mil. O grupo é composto pelas pessoas que trabalharam em ajuda a familiares sem receber remuneração.
Já o setor público registra 213 mil empregados, seja na esfera municipal estadual ou federal.
Força de trabalho potencial e subutilização
O IBGE indica também que 342 mil pessoas fazem parte da força de trabalho potencial, sendo 207 mil desalentados. As demais são não-desalentadas e indisponíveis.
Definições da força de trabalho potencial
Desalentadas São as pessoas que estão disponíveis para assumir trabalho, mas não tomaram providência por não ter conseguido emprego adequado, não ter experiência profissional ou qualificação, não haver trabalho na localidade em que residia, ou não conseguir trabalho por ser considerado muito jovem ou muito idoso.
Não-desalentados Não buscam trabalho e estão disponíveis para assumir uma vaga, porém têm outros motivos para não tomar iniciativa, como: aguardar resposta de medida tomada há mais de 30 dias, necessidade de cuidar dos afazeres domésticos, filhos ou outros dependentes; e estudo.
Indisponíveis São as pessoas que realizam busca pelo trabalho, mas não se encontravam disponíveis para trabalhar na semana da pesquisa.
Fonte: IBGE
A PNAD Contínua indica ainda que a taxa de subutilização da força de trabalho no RN no trimestre foi de 41,3%. Isso significa que 710 mil potiguares estavam na condição de subocupados por insuficiência de horas, desocupados, indisponíveis ou desalentados.
Foto: IBGE
Por G1 RN
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