Rio Grande do Norte tem surto de síndrome gripal, diz Secretaria de Saúde

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Foto: Divulgação/G1

Por Inter TV Cabugi e g1 RN

O Rio Grande do Norte já passa por um surto de síndrome gripal neste fim de ano. A afirmação foi feita pela subcoordenadora de vigilância epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), Diana Rego, em entrevista ao Bom Dia RN .

“A gente já pode falar em surto de gripe, não especificando a Influenza ou a H3N2. É uma síndrome gripal não-Covid. A gente já tem observado nas portas de entrada, desde as UPAS, até os hospitais, muitas pessoas com sintomas de uma síndrome gripal”, apontou.

De acordo com a Sesap, o estado registrou neste mês de dezembro 93 amostras positivas de Influenza A, sendo 37 do subtipo H3N2. Os dados foram confirmados nesta terça-feira (21).

Outros estados do país também estão passando atualmente por um aumento de casos de síndrome gripal neste período do ano. Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro foi confirmada epidemia de gripe.

No Rio Grande do Norte, a Secretaria Estadual de Saúde confirmou no sábado (18) o primeiro caso de uma paciente com coinfecção de Sars-CoV-2 (o vírus da Covid-19) e Influenza A H3N2 (gripe) no RN. A paciente de 28 anos mora em Dix-Sept Rosado, na região Oeste, e tem bom estado clínico.

“Existe a possibilidade de ter uma coinfecção dos dois vírus ao mesmo tempo. É importante destacar que a paciente encontra-se num estado clinico muito bom. Ela teve a vacina da Covid, então não desenvolveu a forma grave, e já está nos dias finais da infecção. É importante difundir o quanto a vacina previne contra os casos graves e a importância do uso de máscara”, explicou Diana Rego.

Vacinação ampliada

A subcoordenadora de vigilância epidemiológica da Sesap explica que a cepa H3N2, que tem atingido o país, é de alta transmissibilidade e que provavelmente o surto se dá por um escape sorológico, mas que a vacina previne contra os casos graves dela.

“Muito provavelmente [aconteceu nesta época do ano] porque a gente está há algum tempo sem a circulação do vírus. Com essa nova cepa, a H3N2, e a gente se protegendo, houve um escape sorológico, o que muito provavelmente começou a disseminação, uma vez que é um subtipo que tem alta transmissibilidade”, falou.

Com o surto, o estado tem atuado pra reforçar a vacinação contra a gripe. Nesta semana, segundo a Sesap, mais de 200 mil doses foram distribuídas para os municípios.

“A vacina que nós temos disponível hoje é trivalente, tem resposta imunológica contra o subtipo H3N2, que é o que está sendo mais comentado. Não tem 100% de eficácia, mas tem uma resposta celular, então é importante principalmente na prevenção dos casos graves”, explicou Diana Rego.

Outro ponto reforçado é que não há mais necessidade de esperar 14 dias entre as doses de vacina contra Covid e gripe. Pessoas acima de seis meses já podem se vacinar contra a gripe. Quem já tomou neste ano não necessita tomar outra dose.

“É necessário que as pessoas continuem buscando a imunização. Já temos estudos e notas que orientam que não há mais necessidade daquela diferença de tempo entre a dose contra Covid e contra Influenza. Então, pode ser tomada até concomitantemente”.

Natal, além de oferecer a vacina contra gripe nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), também passou a oferecer no drive do Via Direta, que imuniza também contra a Covid. Mossoró também ampliou os locais de vacinação.

Sintomas semelhantes

Os sintomas da Covid e da gripe são parecidos. A orientação da Sesap, portanto, é que aquelas pessoas que apresentem os sintomas de síndrome gripal, como coriza, dor de cabela, cefaleia e dor no corpo, procurem as unidades de saúde para fazer o teste contra a Covid. O objetivo é confirmar ou descartar a doença e seguir o tratamento mais adequado para cada caso.

A gripe pode afetar de maneira mais grave principalmente os grupos mais vulneráveis, como idosos, gestantes e crianças.

A Sesap reforça que as medidas de prevenção são as mesmas que foram difundidas com a Covid: uso de máscara, álcool e preferir ambientes abertos, com boa circulação.

“Principalmente agora que a gente vem com essas síndromes gripais não-Covid, é importante que a gente faça uso da máscara para proteger as pessoas ao nosso redor”, destacou Diana Rego.

Sobre as festas de fim de ano, a subcoordenadora reforça que se houver algum sintoma de síndrome gripal, que se “evite contato com idosos, com crianças, com gestantes. Isso é uma consciência coletiva”.

 

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