Protesto cobra ajuda a trabalhadores da área cultural do RN durante pandemia do coronavírus
Foto: Anna Alyne Cunha/Inter TV Cabugi
Trabalhadores da área cultural do Rio Grande do Norte fizeram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (10) para cobrar ajuda governamental à categoria durante a pandemia do novo coronavírus.
O ato teve uma carreata e foi encerrado na sede do governo do estado, onde os manifestantes entregaram um documento com reivindicações do grupo.
O protesto foi realizado por técnicos, produtores e artistas. Segundo o técnico de iluminação Anderson Galdino, sem perspectiva para retorno dos grandes eventos culturais, por causa da pandemia, os trabalhadores fazem um “pedido de socorro” para a categoria.
“Quem recebeu auxílio emergencial, não poderá receber o auxílio da lei Aldir Blanc [lei nacional que prevê auxílio para trabalhadores da área]. Tendo em vista que os eventos não têm data para voltar, a estimativa seria o meio do ano que vem, se voltar, então nós criamos esse movimento – SOS Backstage – para cobrar do poder público uma medida emergencial para esse pessoal. São milhares de famílias que estão precisando”, afirmou.
Após reunião com o assessores do gabinete civil, o produtor João Paulo Almeida afirmou que o governo prometeu ajudas pontuais, como entrega de cestas básicas a famílias que estão em situação mais delicada, porém, o grupo espera mais que isso.
“A cesta básica é um paliativo, mas você recebe ela hoje e em poucos dias acaba. A gente quer um norte, mais ou menos, de quando poderá voltar, e, se ele disser ‘até o São João’, o que o governo pode fazer pela categoria até lá”, disse.
O cantor Pedro Lucas afirmou que a classe foi muito atingida, e quer pelo menos saber quando vai voltar a atuar, qual será a capacidade dos eventos e que medidas protetivas de segurança vão ser adotadas.
Ele lembrou que atualmente já há pequenos eventos, como apresentações em restaurantes, mas eles não são suficientes para atender a todos os trabalhadores.
“Grandes eventos mobilizam grandes equipes, então, com as equipes reduzidas, nem todos são contemplados. Você tem que escolher quem vai trabalhar e qual é o pai de família que vai ficar em casa”, diz.
Foto: Anna Alyne Cunha/Inter TV Cabugi
Por Anna Alyne Cunha, Inter TV Cabugi
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