Primeira hidrelétrica do RN é ativada na barragem Armando Ribeiro Gonçalves
Foto: Daniel Herrera/Sedec-RN
A primeira central geradora de energia elétrica instalada no Rio Grande do Norte foi ativada nesta segunda-feira (14) na barragem Armando Ribeiro Gonçalves, o maior reservatório de água do estado, localizada na região Oeste. Ela já começou a enviar energia para o sistema elétrico nacional.
O equipamento de “pequeno porte”, quando comparado às usinas hidrelétricas. A capacidade instalada é de 4,7 megawatts de energia – o suficiente para abastecer cerca de 5 mil casas. Para se ter uma ideia, a Belo Monte, maior hidrelétrica do Brasil, tem capacidade de 11.233,1 MW.
O projeto é uma parceria público-privada entre o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Denocs) e a empresa Pequena Central Hidrelétrica – PCH Armando Ribeiro. A obra teve investimentos de cerca de R$ 15 milhões e levou pouco mais de um ano para ser concluída.
Segundo o Denocs, o contrato de concessão de direito de uso é de 35 anos e a União vai receber 4% do faturamento. A empresa também tem uma concessão semelhante no reservatório Castanhão, no Ceará.
De acordo com o engenheiro Rafael Mendonça de Souza, do Dnocs, a hidrelétrica vai aproveitar a força da água liberada da barragem diariamente para o Rio Piranhas-Açu para produzir a energia, podendo produzir com a vazão de 1 metro cúbico a 17 metros cúbicos por segundo.
Foto: Daniel Herrera/Sedec-RN
“Ela vai aproveitar a água que sai do rio para ser usada na agricultura, na carcinicultura, na pecuária. Não é uma água a mais que vai sair do reservatório, mas a mesma água que é destinada para esses usos. Inicialmente, houve uma preocupação de algumas pessoas na região, mas explicamos que não haverá impacto”, explicou.
O Rio Piranhas-Açu era um rio intermitente, que secava em períodos de chuva, mas que se tornou perene por causa da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, que tem capacidade de armazenar até 2,4 bilhões de metros cúbicos de água, nos períodos de chuva.
A fase de testes começou há cerca de duas semanas. Representantes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RN (Sedec), foram à central durante a ativação de 25% da capacidade da usina, nesta segunda-feira (14).
A central foi ligada a uma substação da Companhia de Energia do Rio Grande do Norte (Cosern) em Itajá e a energia passou a entrar no sistema nacional elétrico.
Por G1 RN
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