Eleições 2020: Mudanças de partidos de pré-candidatos sugerem polarização entre PSDB e PL em Santa Cruz; veja as principais mudanças
A pandemia impactou na vida de todos os cidadãos e muita coisa precisou ser cancelada, readaptada ou adiada, como por exemplo, as eleições municipais 2020.
O processo de sucessão de prefeitos e vereadores por todo o Brasil esteve envolvido em um debate que dividiu opiniões e tratou sobre manter o pleito em outubro, realizá-lo ainda esse ano, empurrando-o um pouco mais pra frente ou até mesmo no ano que vem, quando passar a pandemia.
É importante ressaltar que estamos apenas, cronologicamente, pontuando os fatos, até porque essa é uma questão já vencida. O Congresso Nacional já decidiu e prevaleceu a proposta de adiamento, para o mês de novembro, dia 15 primeiro turno, e onde tem, 29 de novembro o segundo turno. Proposta que obteve amplo apoio de deputados e senadores e que já foi oficializada.
O que continua ainda sendo uma grande incógnita e motivo até de preocupação é o que antecede ao dia de votação: a campanha, a busca pelos votos, a mobilização de candidatos e, consequentemente, dos eleitores.
Uma campanha, na forma como conhecemos, seria impossível de ser realizada no atual cenário que estamos vivenciando. Como seriam os comícios, as passeatas, as reuniões, o corpo a corpo dos candidatos? Difícil imaginar que isso se repita com a mesma dinâmica, levando em consideração que uma das principais recomendações para não adoecer da Covid-19 é o tal do “distanciamento social”.
As regras do jogo ainda não foram colocadas na mesa, ou seja, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tem tal prerrogativa, não disciplinou o processo. Junto com a expectativa quanto a esse posicionamento surgem também os questionamentos, pertinente por sinal, afinal, ainda estamos e é bem provável que continuemos atingidos pela pandemia do novo Coronavírus e isso vai exigir um jeito diferente de se fazer campanha, pelo menos assim deve ser, na prática é outra história.
Falando agora da realidade de Santa Cruz, a pandemia deixou em segundo plano, natural até que isso ocorresse, a dança das cadeiras ou de partidos pra ser mais direto.
No período em que a população mais se isolava, o medo do vírus se intensificava, os prazos eleitorais iam se expirando, e o que muita gente não sabe, é que houve sim muita movimentação nesse sentido.
A natural troca de partido não foi intimidada pela ameaça do vírus e nas eleições que se aproximam teremos sim candidatos com novas cores e novos números, fato que vai exigir do eleitor uma atenção extra.
O primeiro que puxa essa fila é o atual prefeito da cidade, Ivanildinho. É bom lembrar que ele foi eleito vice-prefeito, na chapada que tinha a ex-prefeita Dra Fernanda, pelo PSB. Continuou na sigla e nela se elegeu prefeito na eleição suplementar do ano passado.
Agora Ivanildinho é do PSDB, mesmo partido do seu principal apoiador, o deputado estadual Tomba Farias.
Os que simpatizam com a provável candidatura do prefeito (o provável se aplica porque nenhuma candidatura ainda foi oficializada), e que já estavam pensando em resgatar o jingle que falava: “40,40,40…”, terão os planos frustrados. Quando efetivar o seu registro de candidatura, o prefeito e candidato à reeleição será do 45.
E tem vereadores da base governista que também seguiram o mesmo caminho. O atual presidente da Câmara Municipal, Fábio Dias, deixou o PSB, Renato Locutor e Tarcísio das Horteiras saíram do DEM, Marco Celito que disputou o último pleito pelo PMDB, todos acompanharam o prefeito e seguiram também para o PSDB.
O único que integra a base do prefeito na Câmara e que decidiu não mudar de partido foi Jackson Renê, que segue no PSB, partido também do atual vice-prefeito, Glauther Adriano, que continua na legenda.
No bloco oposicionista, as mudanças também ocorreram. João Victor se elegeu pelo PSDB, Paulo César Bejú pelo PSD e Dr. Zé Francisco, que assumiu uma das cadeiras depois que vereadores tiveram seus mandatos cassados, disputou uma vaga no último pleito pelo PSB, esses foram para o PL, o partido do Deputado João Maia, como é conhecido no cenário estadual.
O vereador Gean Paraibano, também mudou de partido, mas foi o único que não seguiu o caminho dos seus colegas de base e trocou o PMDB pelo PP.
O ex-prefeito e candidato derrotado na última eleição para o cargo, Péricles Rocha, foi outro que também decidiu por mudar de legenda e trocou o PSD pelo PL, ou seja, se for ele o candidato da oposição, o seu número será 22 ao invés do 55 utilizado na eleição passada.
É claro que nesse período tivemos também várias outras filiações e pré-candidatos sem mandatos que também mudaram de legenda, mas resolvemos listar aqui apenas os que detém mandatos, abrindo exceção apenas para a disputa para o executivo, cuja a lista é bem menor.
Mesmo com nossas atenções voltadas para o combate à pandemia, e isso deve continuar, devemos também ficar atentos para as eleições que se aproximam, afinal, a “zuada” vai daqui a pouco começar, se é que já não começou nas redes sociais.
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