Comitê científico recomenda que Governo do RN adie 3ª fase de reabertura econômica por uma semana

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Foto: Rayane Mainara

Em um documento entregue enviado neste domingo (26) ao governo do Rio Grande do Norte, o comitê científico que assessora o estado nas tomadas de decisão sobre a pandemia do novo coronavírus sugeriu o suspensão da primeira etapa da 3ª fase de reabertura econômica, cuja primeira etapa está prevista para esta quarta-feira (29). A recomendação é de que a reabertura seja adiada por sete dias.

O órgão é consultivo, ou seja, não tem poder de decisão sobre os decretos estaduais. O governo ainda não se pronunciou sobre a recomendação.

“O comitê é de parecer que não é possível iniciar a 1ª etapa da 3ª fase de abertura do setor econômico, já que o espaço de tempo não permite avaliar o impacto das medidas anteriores, devendo ser adiada por 7 dias”, diz o documento. Os especialistas também recomendaram que as fases passem a ser feitas a cada 15 dias, e não a cada 7, como atualmente.

Apesar de não apontar ainda uma definição sobre a volta às aulas, os pesquisadores também consideraram que “o retorno às aulas neste momento irá impactar de maneira significativa na taxa de isolamento social e que isso poderá implicar diretamente no aumento de novos casos”, diz o documento.

Embora o estado apresente uma ocupação de leitos de UTI abaixo dos 80%, o grupo de pesquisadores apontou que a taxa de transmissibilidade aumentou em grandes cidades, como Mossoró e Parnamirim e a taxa média do estado voltou a ficar em Rt 1 – que significa que cada contaminado contamina outra pessoa, em média. Ao todo, 111 municípios têm taxas superiores a 1,03. Com esse aumento registrado após o início da reabertura econômica, o estado poderia voltar a receber maior pressão por leitos.

Os pesquisadores também apontaram as aglomerações registradas nas praias e nas filas das agências da Caixa Econômica – para pagamento do auxílio emergencial – como sinais de alerta. Para o comitê, apenas com um prazo maior, o estado terá a capacidade de avaliar os efeitos dessas ações sobre o número de infectados e necessidade de leitos.

“É seguro afirmar que não há uma folga expressiva quanto a disponibilidade de leitos críticos, principalmente em virtude do processo de retomada gradual, o que poderá implicar em mais demandas assistenciais. Aparentemente, os resultados apresentam-se como bons quando se trata da redução na pressão por leitos de UTI covid-19, todavia, este é um momento de muita cautela, prudência e monitoramento contínuo”, diz o relatório.

G1 RN

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