Bolsonaro deve fazer novo exame de Covid-19 na segunda-feira
Foto: Marcos Corrêa/PR
O presidente Jair Bolsonaro deve fazer um novo exame de Covid-19 na próxima segunda-feira. Médicos que acompanham o estado de saúde do presidente indicam que o teste deve ser refeito após sete dias do resultado do primeiro exame. A nova checagem vai confirmar se Bolsonaro continuará testando positivo e se precisará permanecer em isolamento no Palácio da Alvorada.
A equipe médica da Presidência que monitora Bolsonaro afirma que o mandatário não sofre de comorbidades, que são doenças como diabetes, obesidade, hipertensão, tuberculose, entre outras. Esses especialistas afirmam que o único fator de risco que Bolsonaro apresenta é a questão do avanço da idade: ele completou 65 anos em março deste ano.
Desde segunda-feira, Bolsonaro disse ter começado a fazer uso de hidroxicloquina com azitromicina, mesmo sabendo que o medicamento não tem eficácia cientificamente comprovada. Segundo médicos, ele fará uso dos dois medicamentos por apenas cinco dias. Após esse período, os dois remédios serão suspensos.
No primeiro dia, Bolsonaro tomou dois comprimidos da hidroxicloquina intercalados por 12 horas. Já nos quatro dias seguintes, ele tomará apenas um comprimido por dia. Já a azitromicina, ele toma um comprimido do antibiótico por dia até o quinto dia e depois suspende a medicação.
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Para confirmar que está fazendo uso da hidroxicloquina, o presidente divulgou um vídeo nesta terça-feira enquanto tomada a medicação. Na gravação, ele diz saber que nenhum remédio “tem a sua eficácia cientificamente comprovada”, mas se aponta como um exemplo do sucesso da substância.
— Bem, estou tomando aqui a terceira dose da hidroxocloroquina (sic) — declara o presidente, dando risada em seguida, do Palácio da Alvorada. — Tô me sentindo muito bem. Tava mais ou menos domingo, mal segunda-feira, hoje, terça, tô muito melhor do que sábado. Então, com toda a certeza, tá dando certo — complementa, tomando o remédio e bebendo um copo de água.
Na sequência, o presidente faz ressalvas e afirma que sabe que “hoje em dia existem outros remédios que podem ajudar a combater o coronavírus”.
— Sabemos que nenhum tem a sua eficácia cientificamente comprovada, mas mais uma pessoa que está dando certo. Então, eu confio na hidroxicloroquina. E você? Valeu, tamo junto — complementa.
Naira Trindade, O Globo
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