UTIs brasileiras têm ocupação menor que 80% pela primeira vez desde outubro
Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Mariana Rosário
Pela primeira vez desde outubro de 2020, nenhum estado brasileiro tem ocupação de leitos UTI Covid-19 igual ou superior a 80%, aponta novo boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quarta-feira.
Do total, cinco estados estão na chamada zona de alerta intermediário, com indicadores maiores ou iguais a 60%, porém ainda inferiores a 80%. São eles: Roraima (70%), Rondônia (64%) — que reduziram seus leitos para Covid-19, diz a Fiocruz— Mato Grosso (79%), Goiás (78%), e Rio de Janeiro (67%). A título de comparação, em meados de março, todos os estados brasileiros, com exceção de Roraima, apresentavam estado crítico de lotação — igual ou superior a 80%.
“O mapa atual reflete os ganhos adquiridos com as vacinas e o processo de vacinação, que deve ser ampliado e acelerado”, diz o documento. O texto, porém, alerta para o patamar alto nas taxas de transmissão, casos e mortes da Covid-19 e, por isso, defende a manutenção de medidas sanitárias como o uso de máscaras e o distanciamento físico.
Capitais
O mesmo documento faz um levantamento do panorama nas capitais brasileiras. Neste cenário, duas cidades aparecem com lotação superior a 90%. São elas: Rio de Janeiro (97%) e Goiânia (92%). No alerta intermediário, são seis: Porto velho (63%), Boa Vista (70%), São Luís (64%), Curitiba (65%), Campo Grande (65%) e Cuiabá (74%).
Dezenove capitais estão fora da zona de alerta: Rio Branco (12%), Manaus (54%), Belém (44%), Macapá (29%), Palmas (53%), Teresina (39%), Fortaleza (53%), Natal (34%), João Pessoa (19%), Recife (39%), Maceió (25%), Aracaju (43%), Salvador (38%), Belo Horizonte (57%), Vitória (36%), São Paulo (43%), Florianópolis (31%), Porto Alegre (59%) e Brasília (59%).
Os indicadores positivos, explica a Fiocruz, permitem um gerenciamento da redução de leitos de UTI dedicados à Covid-19 para adultos. “Ainda que exija monitoramento cuidadoso da pandemia”, está descrito no texto. O movimento é considerado desejável, uma vez que houve represamento de atendimento para outras doenças ao longo da pandeia.
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