RN recicla apenas 2% do lixo produzido e deixa de arrecadar R$ 670 milhões por ano, diz sindicato
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O Rio Grande do Norte recicla apenas 2% do lixo produzido no estado e deixa de reciclar 98%. O dado é do Sindicato das Indústrias de Reciclagem e Descartáveis do Estado (SindRecicla-RN). Segundo a entidade, com esse número, o estado deixa de arrecadar cerca de R$ 670 milhões por ano com a conversão de resíduos sólidos em novos produtos.
A SindRecicla-RN diz que atualmente os seus associados operam hoje com cerca de 65% da capacidade que possuem, o que significa que eles têm condições de receber mais recicláveis do que é destinado.
O sindicato calcula que, além do prejuízo em receita, o RN perde também na geração de 15 mil empregos no setor aproximadamente.
O presidente do sindicato, Etelvino Patrício de Medeiros, diz que os prejuízos da reciclagem são sociais, econômicos, de saúde pública e ambientais – no próximo sábado (5) é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente.
“Ainda destinamos a aterros e lixões materiais com longo processo de decomposição que poderiam ser transformados em receita e empregos, deixando de ameaçar o Meio Ambiente e a saúde das pessoas”, afirma.
De acordo com Patrício, o desempenho do estado é um reflexo de todo o Brasil. Apesar disso, os níveis no RN são ainda piores, já que o estado recicla apenas 2% do lixo enquanto o país tem média acima de 3%.
Para o presidente da SindRecicla-RN, em tempos de pandemia, que também tem proporcionado uma crise econômica, é fundamental identificar o potencial econômico do lixo, que teve um aumento também no quesito doméstico, com mais pessoas permanecendo em casa do que o comum.
“A reciclagem ainda é subestimada pela sociedade, mas ela tem capacidade de restabelecer empregos e negócios que estão sendo subtraídos todos os dias”, diz Pat´ricio.
Para mudar esse quadro, o presidente acredita que é necessário ações de conscientização do poder público e o entendimento da própria sociedade.
O SindRecicla-RN conta hoje com 33 associados, que recebem materiais como plásticos, metais, papelões e resíduos da construção civil. O produto dessa reciclagem é enviado para outros estados e até outros países.
Por G1 RN
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