O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte) é contra o retorno das aulas presenciais para os estudantes potiguares a partir de 17 de agosto. A data foi estipulada pela Secretaria Estadual de Educação e Cultura (Seec) para a possível retomada do calendário escolar para escolas das redes pública e privada.
Segundo Bruno Vital, coordenador-geral do Sinte, a data delimitada para a reabertura precisa ser revista. A entidade representativa dos profissionais de educação acredita que as redes pública e privada tenham protocolos sanitários – e em execução – para a retomada segura das aulas.
“Entendemos que o retorno não pode acontecer em 17 de agosto, tanto pela situação da pandemia no estado quanto por não haver nenhuma condição no momento das escolas receberem os membros da comunidade escolar”, disse ele.
No Rio Grande do Norte, as aulas das redes pública e privada estão suspensas desde o dia 18 de março.
A entidade também aponta que a data prevista para reabertura das salas de aula será adiada. O Sinte é, hoje, parte integrante do comitê estadual que discute o retorno às aulas. “Tem sido afirmado e reafirmado pelo governo que o dia 17 de agosto é apenas uma previsão, não a data de retorno. Isso, inclusive, foi feito em decretos anteriores. Pelos debates do comitê, temos clareza que o retorno não acontece nessa data”, reforçou.
Para o coordenador-geral do Sinte, o governo deve iniciar a elaboração de protocolos e regras para biossegurança de toda a comunidade escolar – alunos, professores e demais trabalhadores da educação. “Esses protocolos ainda não foram elaborados nem repassados às redes de ensino. Portanto, não há condição de retorno e também consideramos muito cedo ainda pra isso”, justificou.
Para a Secretaria Estadual de Educação, o Sinte tem cobrado garantias de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), reestruturação dos prédios escolares, organização do transporte escolar e, acima de tudo, que a orientação para a retomada seja feita com base exclusivamente na ciência.
“Depois do protocolo feito, exigimos a concretização do protocolo, pois sem segurança não haverá retorno. Muitos profissionais têm morrido e adoecido mesmo no isolamento. Não permitiremos que a vida das pessoas seja colocada em risco”, encerrou.
Por Jalmir Oliveira, Agora RN