Foto: Prefeitura de Bauru/Divulgação
Por G1 Campinas e Região
A farmacêutica Pfizer entrega, nesta quarta-feira (16), mais 936 mil doses da vacina contra Covid-19 ao Brasil. A remessa, que é o 13º lote enviado para o país, está prevista para pousar às 19h no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). Na terça (15), o terminal recebeu 530 mil imunizantes da empresa americana.
Nesta semana, ainda está prevista a entrega de mais 936 mil doses nesta quinta-feira (17), totalizando, em três dias, 2,4 milhões de vacinas.
O Brasil recebeu, até agora, 8,3 milhões das 200 milhões de doses da vacina Pfizer/Biontech contratadas pelo governo federal. Com as três desta semana, o número sobe para 10,6 milhões. A farmacêutica americana diz que vai cumprir o cronograma de entrega total até o final de 2021.
A logística de entrega das doses ao governo federal conta com segurança da Polícia Federal. Equipes acompanham o desembarque em Viracopos e escoltam o transporte rodoviário das doses até o centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP).
As entregas
A Pfizer utilizou o Aeroporto de Viracopos para todas as entregas ao Brasil até agora. A primeira remessa teve 1 milhão de doses e foi recebida pelo país em 29 de abril, em cerimônia que contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Remessas entregues
29/04: 1 milhão de doses
05/05: 628.290 mil doses
12/05: 628.290 mil doses
19/05: 629.460 mil doses
26/05: 629.460 mil doses
01/06: 936 mil doses
02/06: 936 mil doses
03/06: 527.670 mil doses
08/06: 526.500 mil doses
09/06: 936 mil doses
10/06: 936 mil doses
15/06: 530 mil doses
Armazenamento
No fim de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou novas condições de conservação e armazenamento para a vacina da Pfizer, que agora pode ser mantida em temperatura controlada entre 2ºC e 8ºC por até 31 dias. A orientação anterior era de cinco dias.
Antes da liberação dos frascos para a vacinação, as doses da Pfizer precisavam ser armazenadas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. Tais condições não permitiam que a vacina fosse enviada para municípios distantes mais que 2h30 da capital do estado.
Histórico
A vacina da Pfizer/BioNTech foi alvo de recusa e polêmicas dentro do governo federal. Ainda no ano passado, três ofertas formais para venda de 70 milhões de doses foram feitas pela empresa e ficaram sem resposta do Ministério da Saúde.
Também em dezembro, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, descartou a compra da vacina por causa da exigência de armazenamento em baixas temperaturas.
A vacina foi a primeira a obter registro sanitário definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em fevereiro deste ano.
O imunizante pode ser aplicado em pessoas a partir de 12 anos de idade, em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas. A vacina é a única que pode ser aplicadas em menores de 18 anos no Brasil.
Inicialmente a autorização da Anvisa permitia o uso a partir de 16 anos. Mas o órgão autorizou a mudança na bula da vacina no país. Entretanto, ainda não há perspectivas de vacinação dessa faixa etária no Brasil.
A ampliação da idade em adolescentes foi aprovada depois de a Pfizer apresentar estudos que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este grupo. Os estudos foram desenvolvidos fora do Brasil e avaliados pela agência.