Por Marcelo Parreira, Paloma Rodrigues e Vinícius Cassela, TV Globo e g1
O percentual de candidatos negros (ou seja, a soma de pretos e pardos) nas eleições gerais deste ano é o maior desde 2014, quando começou a autodeclaração de raça.
Para a disputa de 2022, 49,49% dos candidatos se declararam negros. Em 2018, foram 46,5% e, em 2014, foram 44,24%. Os dados constam no registro de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Com isso, pela primeira vez desde que foi instituída a autodeclaração racial, em 2014, o percentual de candidaturas negras é superior ao de candidaturas brancas em uma eleição geral.
Em 2022, os que se declaram brancos são 48,93%. Em 2018, foram 52,46% e, em 2014, 54,98%.
Em 2020, ano de eleições municipais, o número de candidaturas de negros ultrapassou o número da de brancos (49,9% a 47,8%). Na eleição municipal, o eleitor vota para vereador e prefeito. Na eleição geral, para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual (ou distrital).
Pretos e pardos
São consideradas candidaturas de negros aquelas de candidatos que se declaram pretos ou pardos.
Em 2022, subiu a quantidade de candidatos que se declararam pretos, são 3.919. Em 2018, foram 3.163 e, em 2014, 2.424.
Já o número daqueles que se autodeclaram pardos caiu. São 9.992 em 2022. Em 2018, foram 10.406 e, em 9.194, 2014.
Números gerais
No total, as eleições deste ano têm 28.288 candidaturas registradas. O número é 7,71% maior do que 2014, mas 3,06% menor do que o de 2018.