Um adolescente de 14 anos que aguardava vaga em um leito pediátrico de UTI Covid, morreu nesta sexta-feira (28,) no município de São Tomé, na região do Trairí do Rio Grande do Norte.
Geovani Augusto, de 14 anos, tinha paralisia cerebral, estava com covid-19 e precisava de uma UTI, mas ainda integrava uma lista de espera por leitos críticos.
Ele estava internado desde a última quarta-feira (26) na unidade mista de saúde do município de São Tomé.
O sistema de regulação do estado informou que chegou a conseguir uma vaga no Hospital Regional de Currais Novos, no Seridó potiguar, mas a unidade não recebeu o menino por não ter estrutura com leito de UTI pediátrico.
Houve tentativa de conseguir uma transferência para o hospital Maria Alice Fernandes, em Natal, mas não havia vaga na unidade.
Segundo profissionais de saúde, não há registro de vacinação do garoto contra a Covid-19 no RN Mais Vacina, nem na plataforma do Ministério da Saúde.
De acordo com a Secretaria de Estado e Saúde Pública (Sesap), nesta sexta-feira (28), todos os leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para Covid-19 disponibilizados ao público infantil na rede pública de saúde do RN estão ocupados.
Pelo menos 8 pacientes estavam na fila de espera por leitos pediátricos para Covid-19. Dois aguardavam UTIs – um deles era Geovani.
O estado dispõe de dez leitos de UTI e 30 clínicos no Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes, além de três de UTI no Hospital Wilson Rosado, em Mossoró, na região Oeste.
Em nota, a Sesap lamentou a morte do adolescente e informou que está trabalhando para garantir abertura de novos leitos pediátricos. A secretaria planeja abrir mais 6 leitos de UTI no Hospital Maria Alice Fernandes “dentro do mais curto espaço de tempo”, diz a nota.
A Sesap destacou que a velocidade do agravamento da pandemia e a busca expressiva por leitos, principalmente pediátricos, além adoecimento dos profissionais de saúde, não permite a oferta de leitos na velocidade necessária.
A secretaria também reforçou a importância de que as crianças sejam vacinadas contra a Covid-19 o mais rápido possível. “A vacina é eficaz e segura”, destacou.
Por g1 RN