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O Instituto de Medicina Tropical da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) registrou um aumento significativo no número de resultados positivos em testes de Covid-19 realizados em novembro. Segundo o IMT, a quantidade se aproxima dos meses de pico da doença, em junho e julho. Também destacou que, somente no primeiro dia de dezembro, foram registrados 208 testes positivos.
De acordo com o instituto, foram 3.579 resultados positivos para Covid-19 em julho; 1.990 em agosto; 1.190 em setembro; 808 em outubro; e 2.785 em novembro.
“Estamos vivendo um momento crítico com relação à pandemia da Covid-19, com claro aumento nos casos. Nós voltamos, em novembro, à situação observada em junho e julho. Esse aumento irá repercutir no adoecimento de pessoas com algum tipo de comorbidade. Novamente, haverá uma demanda excessiva dos serviços de saúde com eventual saturação”, analisa a cientista Selma Jerônimo, diretora do IMT.
No total, o IMT realizou 57.773 testes de Covid-19 até novembro, sendo 49.273 exames do tipo RT-PCR e 8.500 do tipo sorológico.
Dos 49.273 exames do tipo RT-PCR,15.360 foram positivos para a doença, representando 31%. Dos 8.500 testes sorológicos, 1.700 deram positivo, equivalente a 28%.
A diretora do IMT aponta ainda que o aumento de casos da doença observado no Brasil e nos Estados Unidos, além de países da Europa, mostra que aglomerações sem os cuidados preventivos resultam em maior propagação do vírus. Ela reforça que o momento exige cautela e participação de todos para minimizar risco e diminuir a transmissão. Medidas de prevenção como o distanciamento social, a higiene das mãos e uso de máscaras devem ser ampliadas.
“Apesar da maioria com doença evoluir sem complicações, um percentual importante evolui com doença grave, mesmo entre os mais jovens”, falou.
O IMT realiza testes para 17 municípios do estado – Natal, Mossoró, Apodi, Areia Branca, Caraúbas, Cruzeta, Extremoz, Felipe Guerra, Governador Dix Sept Rosado, Grossos, Itaú, Janduís, Olho-D’água do Borges, Pureza, Rodolfo Fernandes, Santa Cruz e Severiano Melo, além de analisar os exames de profissionais da saúde, como os do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), do Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB) e da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC).
Por G1 RN