Por Gabriel Tibaldo, Filipe Matoso e Delis Ortiz, GloboNews, G1 e TV Globo
O Ministério da Saúde divulgou uma nota nessa segunda-feira (7) na qual informou que deve assinar nesta semana o memorando de intenção de compra de 70 milhões de doses da vacina produzida pela Pfizer e pela Biontech contra a Covid-19.
Segundo a nota, as negociações “avançam” e a vacina deve ser fornecida em 2021. A data, contudo, não foi especificada.
“O governo brasileiro e a Pfizer avançam nas tratativas na intenção de compra de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer e Biontech contra a Covid-19, a ser fornecida em 2021. Os termos já estão bem avançados e devem ser finalizados ainda no início desta semana com a assinatura do memorando de intenção”, informou o ministério.
A TV Globo apurou que, nesta segunda, o secretário-executivo do ministério, Elcio Franco, e técnicos jurídicos da pasta se reuniram com representantes da Pfizer.
Até então, o governo federal havia anunciado somente uma parceria para pesquisa e produção nacional da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, e a farmacêutica AstraZeneca.
Segundo o governador do Piauí, Wellington Dias, está prevista para esta terça (8) uma reunião entre governadores e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para discutir o plano de vacinação da população.
Nesta segunda, o jornal “The Washington Post” informou que a Pfizer comunicou ao governo dos Estados Unidos que não conseguirá fornecer ao país doses adicionais da vacina até junho ou julho do ano que vem. Isso porque, segundo o jornal, há pedidos de outros países.
Diante isso, ainda segundo o jornal, os Estados Unidos deverão receber 100 milhões de doses da vacina da Pfizer.
Vacina de graça
O presidente Jair Bolsonaro utilizou as redes sociais nesta segunda-feira para informar que a futura vacina contra a Covid-19 será distribuída de forma gratuita para toda a população.
Bolsonaro não especificou se isso valerá para qualquer das vacinas em desenvolvimento.
“Em havendo certificação da Anvisa (orientações científicas e os preceitos legais), o governo brasileiro ofertará a vacina a toda a população de forma gratuita e não obrigatória”, escreveu Bolsonaro.
O instituto Butantan, em São Paulo, desenvolve a vacina Coronavac em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. No Paraná, o governo local assinou uma parceria com a Rússia para desenvolvimento da vacina Sputnik V. No Distrito Federal, está em fase de testes a vacina belga produzida pelo laboratório Janssen.
Discussão no Congresso e no STF
Mais cedo, nesta segunda, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o Poder Legislativo definirá uma estratégia de vacinação da população contra a Covid-19 com ou sem a participação do governo.
Para Maia, a sociedade “entrará em pânico” se o Brasil não tiver um plano de vacinação.
Paralelamente a isso, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar no próximo dia 17 uma ação que discute se o governo deve ou não elaborar um plano de vacinação em até 30 dias.