Gás de cozinha sofre aumento de 5% e preço do botijão pode chegar a até R$ 76 no RN

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Foto: Heloisa Guimarães/Inter TV Cabugi

O preço do gás de cozinha vai aumentar no Rio Grande do Norte entre R$ 2,50 e R$ 3,50. A Petrobras confirmou ao G1 que o preço médio do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) vendido nas refinarias subiu 5% a partir desta sexta-feira (19), o que vai interferir também no valor final do produto.

O Sindicato dos Revendedores Autorizados de Gás Liquefeito de Petróleo (Singás-RN) informou que ainda não foi notificado oficialmente sobre a porcentagem desse novo reajuste pela Petrobras e, dessa forma, destaca que não é possível cravar, por enquanto, de quanto será o aumento no preço final.

Apesar disso, o sindicato estima que o valor vai ser entre R$ 2,50 e R$ 3,50, fazendo o preço médio crescer para valores entre R$ 70 e R$ 76. Atualmente, o preço do gás de cozinha no Rio Grande do Norte varia entre R$ 68 e R$ 73. “Esse vai ser o terceiro aumento nos últimos 30 dias”, disse o presidente do Singás-RN, Francisco Correia.

“Nós calculamos que vai ficar entre R$ 2,50 e R$ 3,50. Como não nos foi passado oficialmente, é uma especulação. Se o reajuste nos for informado no dia de hoje por exemplo, a partir de amanhã os novos botijões adquiridos já serão vendidos com o reajuste”.

Francisco explicou que a recomendação do sindicato é para que o reajuste seja repassado apenas nos novos botijões. “Nossa recomendação é vender o estoque antigo com o preço anterior, sem o reajuste”. Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio no estado é atualmente na faixa de R$ 68 e R$ 70.

Ao G1, a Petrobras informou que com o aumento de 5%, o preço médio em que o botijão de 13 kg sairá da refinaria é por R$ 25,29. A empresa informou que, no ano, o acumulado é de redução no preço de 9,1%, o que equivale a 2,52 R$/13kg. O valor final nos estados tem também a influência de impostos estaduais e federais, além das margens de distribuição e revenda.

“Desde novembro de 2019, a Petrobras igualou os preços de GLP para os segmentos residencial e industrial/comercial, e que o GLP é vendido pela Petrobras a granel. As distribuidoras são as responsáveis pelo envase em diferentes tipos de botijão e, junto com as revendas, são responsáveis pelos preços ao consumidor final”, disse em nota a Petrobras.

De acordo com o Singás, no Rio Grande do Norte o consumo médio dos botijões de gás durante o período de isolamento social por conta do novo coronavírus tem sido o mesmo de antes. “A média ficou igual. Nós aumentamos o volume do consumo residencial, mas diminuímos o industrial, que é o de restaurantes e bares”, explicou Francisco.

Ele relatou ainda que no início do período de isolamento, em março, temeu que faltasse gás de cozinha no estado, já que muitos clientes estavam comprando até 4 botijões de uma vez. “Isso dava para até cinco meses sem precisar trocar. E tinha gente que não estava conseguindo comprar. Depois de um trabalho de conscientização, perceberam que não necessário essa correria pelo botijão”.

Preços de GLP

Segundo a Petrobras, os preços dos GLP “vendidos às distribuidoras tem como base o preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais destes produtos mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas portuárias, por exemplo. A paridade é necessária porque o mercado brasileiro de combustíveis é aberto à livre concorrência, dando às distribuidoras a alternativa de importar os produtos. Além disso, o preço considera uma margem que cobre os riscos (como volatilidade do câmbio e dos preços)”.

Por G1 RN

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