Eleições 2020: nas capitais, 1 em cada 4 candidatos não terá tempo de TV; veja a divisão em cada cidade

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Um em cada quatro candidatos não terá tempo de TV nas capitais do país (ou 23% do total). Os tribunais regionais eleitorais definiram os tempos e as ordens de veiculação dos programas dos candidatos a prefeito das capitais na televisão e no rádio.

Apenas duas capitais ainda não divulgaram a divisão: João Pessoa (PB) e Porto Velho (RO). Ainda assim, é possível saber que cinco candidatos nestas cidades terão o tempo zerado.

Ao todo, 73 candidatos não terão direito a aparecer no horário eleitoral gratuito nestas eleições 2020. A propaganda começa no dia 9 de outubro e vai até 12 de novembro.

O recordista em tempo deverá ser o candidato Bruno Reis (DEM), de Salvador, com 4 minutos e 35 segundos. É ele quem detém a maior coligação entre todas as capitais. Logo atrás aparece Josiel Alcolumbre (DEM), de Macapá. Eles são os únicos que terão um tempo superior a 4 minutos.

Já o candidato com menor tempo entre os que aparecerão no horário eleitoral é Paulo Henrique Grando (Novo), candidato a prefeito em Cuiabá. Ele terá apenas 7 segundos. O estado ter o menor tempo tem explicação: lá, são apenas dez minutos de horário eleitoral, contra 20 minutos (10 minutos de dia e 10 minutos de noite) nas demais capitais. Isso porque há uma outra eleição em Mato Grosso em 2020: para o Senado.

Pelas novas regras da cláusula de barreira, que estabelece critérios de desempenho eleitoral para o acesso de partidos a recursos do Fundo Partidário e ao tempo gratuito de rádio e TV, os partidos PMN, PTC, DC, REDE, PCB, PCO, PMB, PRTB, PSTU e UP não têm direito a tempo no horário eleitoral.

Para Eduardo Grin, professor de ciência política da FGV EAESP, “o sistema premia os partidos maiores”. “Aqueles que são mais competitivos têm mais direito a mais recursos e mais tempo de propaganda. Isso acaba engessando o sistema político e impedindo a renovação”, diz.

“A falta de espaço no horário eleitoral faz muita diferença numa campanha. A televisão continua com bastante influência no eleitorado, apesar de o espaço que as redes sociais conquistaram. E ela ganhou ainda mais relevância neste contexto de pandemia.”

Para Maria Fernanda Toledo, professora da Escola de Gestão de Contas Públicas do Tribunal de Contas do Município de São Paulo e autora do livro “Eleições Municipais 2020”, “a justificativa era tentar barrar novos partidos, mas a mudança acabou deixando de fora alguns partidos que têm representatividade”.

Veja o tempo de cada candidato a prefeito nas capitais brasileiras:

Rio Branco (AC)

Maceió (AL)

Macapá (AP)

Manaus (AM)

Salvador (BA)

Fortaleza (CE)

Vitória (ES)

Goiânia (GO)

São Luís (MA)

Campo Grande (MS)

Cuiabá (MT)

Belo Horizonte (MG)

Belém (PA)

João Pessoa (PB)

Teresina (PI)

Recife (PE)

Curitiba (PR)

Rio de Janeiro (RJ)

Natal (RN)

Porto Velho (RO)

Boa Vista (RR)

Porto Alegre (RS)

Florianópolis (SC)

Aracaju (SE)

São Paulo (SP)

Palmas (TO)

Cronograma

Veja, abaixo, o cronograma das eleições 2020:

a partir de 11 de agosto: emissoras ficam proibidas de transmitir programa apresentado ou comentado por pré-candidato, sob pena de cancelamento do registro do beneficiário;

31 de agosto a 16 de setembro: convenções partidárias para definição de coligações e escolha dos candidatos. Podem ser realizadas por meio virtual;

31 de agosto a 26 de setembro: período para o registro de candidaturas no TSE e início do prazo para que a Justiça Eleitoral convoque partidos e emissoras de rádio e TV para elaboração do plano de mídia;

27 de setembro: início da Propaganda Eleitoral, inclusive na internet;

15 de novembro: 1º turno das eleições;

29 de novembro: 2º turno das eleições;

15 de dezembro: último dia para entrega das prestações de contas;

18 de dezembro: prazo final para diplomação dos eleitos.

Por G1 e TV Globo

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