Covid-19: RN tem maior percentual da população com comorbidades no Norte e Nordeste, diz IBGE

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Foto: Reprodução

O Rio Grande do Norte tem o maior percentual da população com diagnóstico médico de alguma comorbidade, entre os estados do Norte e Nordeste. Ao todo, 23% dos potiguares apresentam doenças como diabetes, hipertensão, entre outras cardíacas, que podem agravar o quadro de coronavírus. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19, divulgada nesta quinta-feira (20) pelo IBGE.

O instituto lembrou que as comorbidades podem tornar mais delicado o o quadro de paciente de pacientes com Covid-19, e, por isso, a questão foi incluída na pesquisa em julho. Considerados todos os estados do Brasil, os maiores percentuais de população com comorbidade são o Rio Grande do Sul (28,4%), Minas Gerais (27,4%) e Paraná (25,5%).

De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde, divulgados no boletim epidemiológico desta quarta-feira (19), cerca de 19% dos pacientes confirmados para Covid-19 tiveram alguma comorbidade relatada. Apesar de ser uma minoria no total, eles são a maioria na quantidade de mortes: 67%. Ao todo, 1.425 pessoas que morreram com a doença no estado tinham alguma comorbidade ou fatores de risco.

O levantamento também apresenta temas como testagem da população, estudantes com atividades durante o período de isolamento e pessoas em busca de trabalho.

Testagem

Ainda de acordo com o levantamento do IBGE, o teste para verificar a infecção pelo novo Coronavírus foi realizado por 269 mil pessoas no RN, o que representa 7,6% da população. Desse total, 25 mil tinham alguma comorbidade e testaram positivo.

Estudantes com atividades

De cada dez estudantes potiguares, seis tiveram alguma atividade escolar em julho. De acordo com a pesquisa, 827 mil pessoas frequentam o ensino fundamental, médio ou superior no Rio Grande do Norte. Desse total, 508 mil tiveram alguma atividade de ensino. No Nordeste, 67% dos estudantes tiveram alguma atividade no mesmo período, enquanto que no Brasil, foram 72%.

Desocupados

A taxa de desocupação é a maior desde o início da pesquisa em maio: 14,7%. Isso significa que havia 200 mil pessoas em busca de trabalho formal ou informal no Rio Grande do Norte, no mês de julho. Outro grupo que se destaca são as “pessoas que não procuraram trabalho por conta da pandemia ou por falta de trabalho na localidade, mas que gostariam de trabalhar”. São 433 mil potiguares.

Os dois grupos somados totalizam 633 mil pessoas subutilizadas em julho. O número caiu um pouco. Em junho, esse número era de 639 mil.

Afastados

Já o número de trabalhadores afastados do trabalho sem remuneração caiu 56% em julho na comparação com mês anterior. Em junho, 127 mil pessoas estavam nessa condição. Em julho, 56 mil trabalhadores permaneciam afastados e sem salário no Rio Grande do Norte.

No total, o estado registrou 195 mil pessoas afastadas do trabalho em julho. Dessas pessoas, 140 mil estavam ainda afastadas em função do distanciamento social. No mês anterior, esse número era de 232 mil. Isso significa que houve uma queda de 48,5% de junho para julho.

Por G1 RN

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