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Em boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) sobre a ocorrência das arboviroses no Rio Grande do Norte foi apontada uma diminuição de casos de dengue no primeiro semestre de 2023. O documento traz dados da dengue, chikungunya e zyka do início do ano até 1º de julho de 2023.
Em 2023, foram 1.304 casos de dengue confirmados nos seis primeiros meses, número bem abaixo dos mais de 8 mil casos confirmados no mesmo período de 2022. No RN foi identificada a circulação dos sorotipos 1 e 2 da dengue, sendo o 2 considerado o vírus mais agressivo em relação aos outros, ocasionando uma evolução mais rápida para as formas mais grave da dengue.
“Por isso reforçamos a necessidade de cuidados diários para a prevenção, além da importância da notificação por parte dos profissionais de saúde e ressaltarmos a importância da observação quanto aos sintomas como febre e dor de cabeça a se se procurarem os serviços de saúde”, alerta Sílvia Dinara,responsável técnica pelo Programa Estadual de Controle da Dengue.
Sílvia ainda explica que as arboviroses são doenças endêmicas, com maior ocorrência no período entre novembro e maio, mas que apresentam casos ao longo de todo o ano. Porém, este ano o estado apresentou uma diminuição considerável de casos notificados em relação ao ano passado, que foi considerado um ano epidêmico.
“Embora haja surtos em alguns municípios, não é um ano comparável a 2022, quando foi observado um aumento das notificações em quase todos os municípios do estado”, afirma.
Até 1º de julho de 2023, o estado teve 2.658 casos notificados e 365 confirmados para Chikungunya, além de 952 casos notificados e 102 confirmados para zyka.
Anvisa aprova nova vacina contra a dengue
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de uma nova vacina contra a dengue. O imunizante Qdenga, produzido pela empresa Takeda Pharma, é indicado para população entre 4 e 60 anos. A aplicação é por via subcutânea em esquema de duas doses, em intervalo de três meses entre as aplicações. Segundo a Anvisa, a nova vacina é composta por quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença, o que garante uma ampla proteção contra ela.
No ano passado, o Brasil registrou mais de mil mortes por complicações da dengue no país. No mês passado, a Comissão Técnica Nacional em Biossegurança (CTNBio) aprovou a segurança da vacina Qdenga, que aguardava agora o aval da Anvisa. Uma outra vacina contra a dengue já aprovada no país, a Dengvaxia, só pode ser aplicada para quem já teve a doença.
A vacina Qdenga também foi avaliada pela agência sanitária europeia (EMA), de quem também recebeu aprovação. A concessão do registro pela Anvisa permite a comercialização do produto no país, desde que mantidas as condições aprovadas. A vacina, no entanto, seguirá sujeita ao monitoramento de eventos adversos por meio de ações de farmacovigilância sob a responsabilidade da própria empresa.