Câmara votará MP sobre vacina na quinta sem exigência de ‘termo de responsabilidade’, diz Maia

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Por Fernanda Calgaro, G1

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nessa terça-feira (15) que a medida provisória que prevê a compra de vacina contra a Covid-19 pelo programa internacional Covax Faciliy (leia mais abaixo) será votada na quinta (17) – sem a exigência de que os vacinados assinem um termo de responsabilidade.

Pela manhã, o relator da MP na Câmara, deputado Geninho Zuliani (DEM-SP), havia informado que a exigência do termo seria incluída no texto que tramita no Congresso. A declaração foi dada após reunião com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto.

Maia disse que conversou com Zuliani – ambos são do mesmo partido – e que, se quiser, o governo terá de enviar essa proposta como uma emenda. A medida é defendida por Bolsonaro, que chegou a dizer na segunda (14) que incluiria esse termo de responsabilidade em uma nova MP.

“Esse não é um tema da Câmara, esse tema veio do governo. Se o governo tiver interesse, apresente a emenda por um deputado, faça o destaque e tente ganhar no plenário. Não pode o relator da Câmara assumir a responsabilidade sobre um tema que nós não temos convencimento que é o caminho correto, para aprovação dentro da medida provisória”, afirmou Maia.

No fim da tarde, o repórter da GloboNews Nilson Klava também ouviu do próprio deputado Zuliani que a regra não seria mais incluída na MP que já tramita, relacionada ao consórcio Covax Facility.

“Outro ponto é o termo de consentimento, que os usuários de vacinas teriam que assinar pra tomar as vacinas, especialmente a da Pfizer, que é o laboratório que está exigindo no contrato com governo federal de ficar isento das responsabilidades futuras da vacina”, disse Zuliani.

“Mas nem todo laboratório faz essa exigência, então é muito mais uma questão técnica do Ministério da Saúde, dentro do Plano Nacional de Imunizações, poder tomar decisões cabíveis ou não ao termo de consentimento, não cabe no texto da medida provisória.”

 

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