Após MEC definir volta às aulas presenciais a partir de março, UFRN ainda prevê formato remoto até abril de 2021

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Foto: Igor Jácome/G1

Por Igor Jácome, G1 RN

Após o Ministério da Educação (MEC) estabelecer que as instituições federais de ensino deverão retomar as aulas presenciais a partir de 1º de março de 2021, desde que sigam os protocolos de prevenção da Covid-19, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) informou que ainda deverá ter aulas em formato remoto até, pelo menos, abril do próximo ano. As demais instituições federais do estado ainda discutem os novos prazos para tomarem decisões sobre o assunto.

Em uma nova portaria publicada nessa segunda-feira (7), o MEC alterou uma decisão anterior, divulgada em 2 de dezembro, que previa a retomada das aulas presenciais a partir de 4 de janeiro. O novo documento, assinado pelo ministro Milton Ribeiro, foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União.

De acordo com o MEC, portanto, até o dia 28 de fevereiro, os institutos e universidades federais poderão continuar usando atividades virtuais para substituir o ensino presencial. Depois disso, os recursos digitais só deverão ser utilizados em caráter excepcional e complementar.

No entanto, por meio de nota, a UFRN informou que o semestre letivo 2020.2 planejado e aprovado em conselhos superiores da UFRN, desde novembro, terá início em janeiro e encerramento em abril de 2021, com formato remoto. O período vai de 18 de janeiro a 30 de abril de 2021.

Ainda conforme a resolução a UFRN, os períodos de 2021.1 e 2021.2, que também tinham previsão de formato virtual, podem mudar de modalidade, de acordo com o cenário da pandemia da covid-19 e deliberação dos colegiados superiores da UFRN.

O semestre letivo de 2021.1 vai de 7 de junho a 18 de setembro de 2021. Já o semestre 2021.2 será aberto em 18 de outubro de 2021 e encerrado em 19 de fevereiro de 2022.

Ufersa e IFRN ainda analisam portaria

Pró-reitor da Graduação da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), o professor Sueldes Araújo afirmou que a equipe da instituição se reuniria nesta terça-feira (8) para discutir o possível retorno.

“Vamos estudar a portaria e nos reunir com a equipe. O trabalho não pode parar, mas temos que ter cuidado com a vida. Vamos analisar metodologias de trabalho que garantam primeiramente a segurança dos servidores, professores e estudantes”, considerou.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte informou que o reitor pro tempore Josué Moreira entrou em período de férias nesta terça-feira, mas orientou seu substituto, José Ribeiro Filho, a fazer uma reunião com a gestão sistêmica para decidir como proceder. Por ora, o instituto informou que vai “organizar os campi”.

Prazos dependem de situação local

A nova portaria acrescenta que os prazos poderão ser modificados pontualmente, dependendo do avanço da pandemia da Covid-19. O documento dá a possibilidade de autoridades locais suspenderem as atividades letivas presenciais, levando em conta as condições sanitárias da região. Caso isso ocorra, as instituições deverão comunicar a decisão ao MEC em até 15 dias.

Reunião com reitores

O MEC havia sido pressionado por universidades federais após decidir, no início de dezembro, que a volta às aulas presenciais ocorreria em janeiro. A medida foi criticada por reitores, que afirmaram ser preciso considerar a situação local da pandemia antes de reabrir as instituições de ensino.

No dia 6 de dezembro, o ministro Milton Ribeiro reuniu-se com representantes de universidades públicas e privadas. Depois do encontro, ele se comprometeu a se pronunciar “em breve” sobre a portaria.

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