Entre as mais de 2.300 mortes por Covid-19 no Rio Grande do Norte desde o início da pandemia, 69,6% delas foram de idosos (pessoas acima dos 60 anos). O dado é da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e foi divulgado nessa quarta-feira (30) durante a coletiva de imprensa da pasta.
A pasta disse que ressaltar o número foi uma forma de chamar a atenção para o cuidado com o idoso, já que nesta quinta-feira (1) se comemora o Dia Internacional do Idoso, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo o professor Kênio Costa Lima, do Instituto Envelhecer/UFRN, é necessário fazer uma reflexão sobre o processo de adaptação que os idosos têm enfrentado neste momento de pandemia, já que representam o principal grupo de risco da doença.
“Precisamos refletir sobre a perda da autonomia e da independência que a população idosa está sofrendo com a pandemia. Temos que voltar as atenções para a manutenção da condição de saúde dos idosos e evitar o preconceito. Ninguém precisa morrer apenas por causa da idade”, falou.
O professor também destacou a importância da atenção primária em saúde no acompanhamento da população idosa. “Essencial para controlar as doenças crônicas, para que não haja agravamento dos casos, evitando óbitos”.
Segundo Kênio, na maioria dos estados do Nordeste o índice de óbitos em idosos também chega próximo aos 70%. No Maranhão está ainda acima: quase 80%.
No último boletim completo divulgado pela secretaria de saúde, na terça-feira (29), o Rio Grande Norte registrava 69.013 casos confirmados e 2.384 mortes por Covid-19.
Foto: Divulgação/Geraldo Bubniak/AEN
Por G1 RN